Resenha " O Primeiro Guerreiro" #1 de Orlando Paes Filho


Edição: 1
Editora: Novo Páginas
ISBN: 9788581638515
Ano: 2017

Páginas: 368


"Uma invasão dos homens do norte arrasa a Ilha da Bretanha. Cidades e monastérios são deitados ao chão. Os invasores fazem frente aos maiores reis da Bretanha, tudo se torna árido pela devastação. A morte se espalha por toda parte.    Mas há um guerreiro de nome Angus MacLachlan que não parece tombar diante dos ataques daneses. Ele não se curva aos dominadores nórdicos. Parece abençoado, luminoso, assim como luminosa é a sua espada a espalhar cadáveres dos invasores. Ele liberta os cativos e propõe uma nova resistência. Unifica reis. Um oponente terrível contra a invasão que tenta destruir a Bretanha e seus reinos para sempre."
   

 

Angus - O Primeiro Guerreiro, escrito por Orlando Paes Filho e publicado pela Novo Conceito, narra, em 363 páginas repletas de ricas ilustrações, o início de uma trilogia medieval que, ainda que possua características fantásticas, não deixa de relatar importantes fatos históricos da humanidade.

Uma narrativa fascinante e imersiva, que mantém a atenção do leitor até o fim e que faz com que a leitura discorra muito mais rapidamente que o seu relativamente grande número de páginas promete.
Uma forma de contar a história que mostra domínio do autor com relação ao que fala, o que acaba por ajudar ainda mais na imersão. 

Seus personagens, no entanto, me pareceram extremamente superficiais, e mesmo nas últimas páginas do livro, eu não havia conseguido me envolver com absolutamente nenhum deles. Sendo eu o tipo de leitora que valoriza personagens profundos e bem desenvolvidos, acabei saindo da leitura com um certo toque de decepção nesse ponto.

Além da falta de profundidade, eu percebi que a história como um todo girava em torno de personagens extremamente dualistas, ou seja: personagens ou muito bons, ou muito ruins, sem mais ou menos, sem a mistura de bem e mal que compõe o ser humano na vida real. Sem falar que os personagens completamente bons eram sempre associados ao cristianismo, enquanto aqueles de outras crenças eram QUASE sempre narrados como simples bárbaros sem razão alguma para estarem fazendo o que faziam além da simples sede por sangue. E tudo isso acabou contribuindo ainda mais para a falta de conexão que se encontra com a história.

Afinal, ainda que imersiva e rápida, ela mostra-se pouco envolvente em certos pontos, além de por muitos momentos parecer de certa forma apressada, enquanto em outros ela se demorava sem parecer ter um objetivo claro para aquilo. Eu compreendo tal aspecto, no entanto, afinal é preciso muitas vezes que a história discorra em uma certa velocidade para que o autor consiga contar tudo o que deseja, além de que por vezes, se grandes períodos de tempo não foram acelerados, ou muitas vezes simplesmente pulados, a história se tornaria tediosa e repetitiva. E é por compreender o lado do autor, que eu não acredito que essa seja uma crítica que possa tirar pontos da avaliação, ainda que baseado no meu gosto pessoal, eu teria preferido que em alguns momentos a história diminuísse o passo. 
   
Mas no fim, eu acabei dando ao livro 3,5 estrelas. Leria algo mais do autor? Com certeza. Indicaria esse livro específico para os meus amigos? Talvez.




Livro cedido em parceria pela Novo Conceito



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