#Cine Saleta reprise "Sete Anos no Tibet" com Brad Pitt #

Há muitos anos aluguei uma fita VHS (o que mostra como é antigo esse filme), um filme do Brad Pitt chamado Sete anos no Tibet. Acredito que o filme foi lançado em 1997 e é uma adaptação da auto-biografia de Heinrich Harrer.

Heinrich é um austríaco divorciado que parte em viagem para escalar montanhas. Só que ele é egoísta e convencido. Ele se divorciou quando a esposa descobriu que estava grávida, porque ele não queria ser pai. Quando estava na Índia estourou a Segunda Guerra Mundial e ele e seus amigos italianos foram presos pelos inglêses. Depois de uma tentativa frustrada o grupo consegue fugir para o Tibet, porém somente Heinrich e Peter se interessam em ficar no país e conhecê-lo, mesmo passando por dificuldades. Heinrich chega a vender o relógio do amigo sem a permissão deste para comprar coisas pra sobreviverem. O que acarreta num grande ressentimento porque o objeto era herança do pai de Peter. 

A rixa cresce entre os dois quando disputam uma jovem tibetana. Sem dúvida Brad Pitt era o mais bonito, mas a moça se apaixonou por Peter porque ele tinha valores que Heinrich não tinha. A partir disso, o jovem austríaco passa a repensar sua vida e lembra que um dia ele teve uma família, e por mais que não tivesse uma esposa, ele ainda tinha um filho. Ele tenta se corresponder com a criança, mas nessa altura, ele já tinha o padrasto como figura paterna, e por isso enviou-lhe uma carta pedindo para que Heinrich não escrevesse mais. Magoado, ele visita o casal de amigos, e mais uma vez leva da tibetana uma boa verdade na cara: "A felicidade de um amigo é uma benção Heinrich, sinto muito que a nossa te faça infeliz, você deve estar muito triste." A vida de Heinrich, porém, estava prestes a mudar. Ele é chamado pelo Dalai Lama, que ainda era criança, para construir um cinema. Vossa Santidade também aproveitou Heinrich como professor de "coisas ocidentais", e é bem divertido ver o menino se espantar com o cabelo loiro do austriaco e com coisas simples para nós que vivemos no ocidente, mas com certeza é Heinrich quem mais aprende nessa relação.

Não vou contar o final, apesar de não dar mais para baixar da internet por causa da prisão do dono do megaupload, eu gostaria que vocês vissem. Não há um filme igual em sabedoria, ou de busca interior. É engraçado como às vezes vivemos tanto anos e não conseguimos entender coisas simples como: para receber primeiro é preciso dar. Além disso o filme ensina as pessoas a se enxergarem. Vale a pena ver!

* Postagem da nossa Colaboradora*

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