"ESPECIAL JANE AUSTEN - 4ª PARTE "





Especial Jane Austen : Mansfield Park !

by Aleska



Jane Austen é uma romancista nascida em meados do século XVIII. Segundo a Wikipédia ela nasceu na época de surgimento da burguesia, classe que por não ser educada com os livros clássicos interessava-se por romances, cujos autores em sua maioria eram mulheres.



Escrevê-los era uma das únicas formas de uma mulher conseguir independência financeira. Jane foi uma dessas que correu atrás de sua emancipação para não ter que casar com qualquer um ou virar uma solteirona sem teto, como era de costume na época, pois mulheres não herdavam imóveis de seus pais. Era contra a lei de herança, esta seguia a linhagem patriarcal.
As fãs de Jane costumam dizer que sua escrita era revolucionária por desafiar as estruturas da sociedade, mas em Mansfield Park vi que a crítica se limita à atenção dada à educação das mulheres e sobre o papel que elas tem, além de questionar aspectos morais. Geralmente ela trabalha esses aspectos em suas histórias, com a exceção e a regra personificadas, ou seja, o que é e o que deveria ser com personagens de caráter antagônicos.

Nesta história, Fanny Price é adotada pelos tios, pois sua mãe não tinha como sustentar os 9 filhos. Foi criada com as primas, mas devido ao desprezo recebido destas, e de sua tia Norris, era lembrada sempre que vivia de favor, cresceu humilde e cheia de valores morais que seu primo Edmund teve a liberdade de cultivar por causa da paixonite que ela sentia por ele.

Suas primas Maria e Julia representam a regra da educação feminina da nobreza: falam francês, entendem geografia, bordam, costuram etc etc mas que não possuem um pingo de sentimentos nobres ou moral. São egoístas e mimadas e acabam fugindo com homens para o escândalo e vergonha de sua família. Enquanto isso Fanny, e mais tarde também Susan Price (irmã mais nova que Fanny leva para a casa dos tios, depois de uma fracassada tentativa de reaproximação com seus pais biológicos), mostram o ideal Austeniano de mulher inteligente e com valores, que a educação iluminista de até então não se importava em produzir.
Jane se mostra nesta história muito favorável à religião, o que me sugere um certo conservadorismo que talvez decepcione alguns, mas eu adoro rss. Hoje em dia as pessoas querem ser modernas demais e não aceitam regra nenhuma, mas acho justo essa coisa da autora em retomar a necessidade dos valores morais, da união da família e o exemplo dos pais para a formação de moças com a cabeça e o coração no lugar.

Quem dera que hoje em dia os pais dessem valor às suas palavras! Evitaríamos de ver nossas amigas e parentes que viraram "piriguetes", sofrer com o pouco caso masculino. Moral parece coisa do passado, e parece uma coisa que serve para sufocar as pessoas, mas acho que poderia ser uma coisa para consolar se fossemos criadas para ter juízo. O mesmo acontecia na época de Jane.
Em Mansfield Park vemos o florescer de Fanny Price, uma tímida garotinha com um lindo coração, que cresce sofrendo e se molda de uma forma tão perfeita, que não há mais palavras de critica a sua personalidade no fim. Ela casa com seu primo mais novo, fato que era seu maior sonho, e supera todas as mágoas causadas pela paixão dele por Mary Crawford. Tal pessoa era uma frívola jovem que se apaixona por Edmund também, mas que não sabe respeitar a vocação do amado. Durante a história os dois tem verdadeiros arranca-rabos com ele para convencê-lo a de se dedicar a um trabalho com mais status quo na sociedade, para que ela não tivesse vergonha de ser sua esposa. Ela chega a desejar a morte de seu irmão mais velho para vê-lo com outras responsabilidades que lhe impedissem o sacerdócio.


O irmão de miss Crawford, Henry Crawford, é um homem de pouca moral que se diverte fazendo garotas se apaixonarem por ele, para depois desprezá-las. Ele tencionou fazer isso com minha querida Fanny Price, mas para azar dele, ela já amava o primo e ela havia visto a falta de caráter de Henry ao fazer as duas primas se apaixonarem por ele e fingir depois que nada acontecera. O cara teve ainda mais azar quando se descobriu apaixonado por Fanny. Ela o recusou, mas ele continuou insistindo indo pedir sua mão ao tio, lord Bertram. O fato é que o cara era guiado pelas vaidades. Quando encontrou Maria Bertram, que agora era a senhora Rushworth, ficou balançado porque ela lhe ignorou totalmente.
Fanny deu graças à Deus quando seu caráter foi exposto, apesar de lamentar muito o destino da prima, com a qual nunca conseguira estabelecer amizade. Mesmo assim, sentiu pena de Maria, pois o carma deste seria viver o resto de sua vida tendo apenas por companhia sua tia Norris, pessoa de difícil trato e muito maldosa.
Gostei bastante deste livro e recomendo sinceramente a todas amantes de histórias fofas.
Um forte abraço!
Aleska Lemos.



Especial postado no Em Quantos
(adaptado)

2 comentários

  1. Até hoje só li um livro da Jane Austen que foi Orgulho e Preconceito, gostei da obra, mas ainda não surgiu oportunidade de ler outro livro dela, vou procurar algum...

    Vanessa - Balaio

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    Respostas
    1. COm certeza vc leu o melhor livro, mas tem outros que valem muito a pena como Razão e Sensibilidade. que a Ana Seerig falou e este aqui também.

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