Alguém se lembra do lema da Escola fundada pelo Mentor Camdell e
sediada no Castelo das Águias? Pois é: “Pela Magia e pela Arte!”.
As histórias que envolvem os magos (e uma certa Mestra de Sagas) vêm
sendo contadas pela Editora Draco desde a publicação do conto “A Encruzilhada”, no primeiro volume de “Imaginários”. Pouco depois, o primeiro romance da série “O Castelo das Águias” narrava o encontro entre Anna e Kieran. E, na coleção “Contos do Dragão” a origem do poderoso anel de Kieran foi desvendada com a narrativa “O Anel do Escorpião”.
Agora, a mesma coleção traz aos leitores uma história paralela,
ambientada na Ilha de Athelgard, mas que nada tem a ver com a Magia e
sim com a Arte: a arte de um saltimbanco, que revela sua mestria não
apenas na corda bamba, mas também na forma como resolve seus vários
problemas. Briga com a mulher, falta de dinheiro e até um plano armado
para fazê-lo (literalmente) dar com a cara no chão, tudo parece
acontecer com Cyprien de Pwilrie em “O Jogo do Equilíbrio”, cuja ação transcorre ao longo de um único dia.
A trajetória do personagem, porém, é bem mais longa e merece algumas
considerações. Para começar, Cyprien surgiu primeiramente como
protagonista de um romance histórico (sem elementos fantásticos) que
deveria ser ambientado no sul da França, região que esteve brevemente
sob o domínio dos árabes. Ele seria um músico e malabarista e viajaria
pela França, Espanha e Portugal, talvez chegando ao Oriente, na época
das Cruzadas. No entanto, a ideia inicial foi deixada de lado, porque à
medida em que transcorria sua história o personagem foi se transformando
em alguém cujas atitudes e habilidades seriam inverossímeis num cenário
medieval não-fantástico.
Assim, nosso saltimbanco foi transferido para Athelgard. A antiga
mouraria em que ele teria vivido se transformou no Labirinto e os
moçárabes no Povo Alto, que mais tarde encontraram sua origem na
mitologia desse universo ficcional. Quanto a Cyprien, continuou a viver
suas aventuras, algumas das quais relatadas em contos e novelas como
este “O Jogo do Equilíbrio”.
Outras, porém, permanecem como simples ideias, inclusive aquela na qual
seu caminho passa pelo Castelo das Águias, justamente no momento da
fundação da Escola de Artes Mágicas. Cyprien, então, teria sido
convidado a ficar no Castelo e a ser um dos mestres da Ala Violeta, onde
os jovens desenvolvem o Dom da Magia através da Arte. Sua recusa de uma
vida confortável nas Terras Férteis em favor da incerteza das estradas
diz muito sobre o caráter do personagem, que ainda se meteria em muitas
aventuras... a serem contadas um dia, quem sabe, numa série de romances
um pouco mais adultos do que os da série “O Castelo das Águias”.
“O Jogo do Equilíbrio” saiu como livro independente em 2005. Sete
anos depois, aqui estamos com o e-book – uma nova edição, um novo
formato, que tem tudo a ver com a capacidade do personagem de se adaptar
a novas situações. Esperamos que os leitores curtam as peripécias do
maior saltimbanco de Athelgard!
Adoro essas histórias de magias!
ResponderExcluirÓtima resenha. Não é minha leitura predileta mas despertou o interesse!
ResponderExcluirMuito boa a sua resenha ;)
ResponderExcluirFiquei curiosa pra ler ;)
Beijinhos
Renata
Escuta Essa