Anne Tyler nos leva a um romance sábio, assustador e profundamente
tocante em que descreve um homem de meia-idade, desolado pela morte de
sua esposa, que tem melhorado gradualmente pelas aparições frequentes da
mulher — na casa deles, na estrada, no mercado.
Com deficiência no braço e na perna direita, Aaron passou sua infância tentando se livrar de sua irmã, que queria mandar nele. Então, quando conhece Dorothy, uma jovem tímida e recatada, ele vê uma luz no fim do túnel. Eles se casam e têm uma vida relativamente modesta e feliz. Mas quando uma árvore cai em sua casa, Dorothy morre e Aaron começa a se sentir vazio. Apenas as aparições inesperadas de Dorothy o ajudam a sobreviver e encontrar certa paz.
Aos poucos, durante seu trabalho na editora da família, ele descobre obras que presumem ser guias para iniciantes durante os caminhos da vida e que, talvez para esses iniciantes, há uma maneira de dizer adeus.
Com deficiência no braço e na perna direita, Aaron passou sua infância tentando se livrar de sua irmã, que queria mandar nele. Então, quando conhece Dorothy, uma jovem tímida e recatada, ele vê uma luz no fim do túnel. Eles se casam e têm uma vida relativamente modesta e feliz. Mas quando uma árvore cai em sua casa, Dorothy morre e Aaron começa a se sentir vazio. Apenas as aparições inesperadas de Dorothy o ajudam a sobreviver e encontrar certa paz.
Aos poucos, durante seu trabalho na editora da família, ele descobre obras que presumem ser guias para iniciantes durante os caminhos da vida e que, talvez para esses iniciantes, há uma maneira de dizer adeus.
Titulo: O começo do adeus
Autora: Anne Tyler
Editora: Novo Conceito
Paginas: 208
Edição 1 / Ano 2012
FICÇÃO /ROMANCE
Como falar de um livro de Anne
Tyler sem cair no labirinto das lembranças? Acho que essa foi a primeira
pergunta que me fiz ao terminar de ler “O começo do Adeus” e começar a encarar
a tarefa de resenhar esse texto. Mas, como a Irene tá mais para mainha do que
para chefinha, me sinto a vontade para sentar e contar das minhas lembranças
enquanto conto a respeito de como foi ler Anne Tyler depois de sete anos de
saudades.
Sim, a Anne é uma velha conhecida
minha. Lá pelas bandas de 2003/2004 eu e Aline fomos presenteadas por nossa
amiga Natally com uma coleção de livros. Saca a história da coleção: “A patroa da prima de Natally queria se
desfazer de uns livros velhos ainda em bom estado então deu a prima dela. A
prima dela não era fã de leitura e deu os livros a Natally. Natally gosta de
ler, mas acha que eu e Aline gostamos mais, então nos deu todos em uma sacola
daquelas de ir a feira de verduras no fim de semana.”.
Dentre esses livros, todos
excelentes, estar “Um jantar no restaurante da Saudade” de Anne Tyler. Aline
leu primeiro, em 2005, e no mesmo ano passou para mim, até hoje estou com ele.
Ele me trás boas lembranças e me faz pensar que ler junto é uma forma única de
construir intimidade.
Anne Tyler faz parte da
cumplicidade afetiva e intelectual que existe entre mim e minha melhor
amiga/irmã e isso me fez dar saltos triplos, duplos, me remexer muito e
derivados quando a Novo Conceito anunciou entre seus lançamentos “O começo do
Adeus” porque eu já sabia que era uma coisa ótima que chegaria as livrarias
brasileiras.
Anne Tyler não é uma autora que se
preocupe em escrever uma narrativa muito fora do comum, ou contar uma história
improvável cercada de suspense, aventuras, idas e vindas e derivativos. Na
verdade o jeito dela é mais apegado ao real e psicológico, “O jantar no
restaurante da saudade” (primeiro livro que li dela) faz parte de uma coleção
chamada: “Romance e Psicanálise”, então o começo “O começo do adeus” é uma
história com um que de psicológica e quem é freudiano vai se acabar, jogar os
pés para cima e curtir muito tudo isso.
Eu que vivo uma eterna saga de amor
e ódio com Freud não sei bem como descrever a sensação de ler a história de
como Aaron, um sócio de uma editora que publica livros de autores independentes
e aquelas séries de livros tipo: “Alguma
coisa para iniciantes”, perde a esposa em uma acidente domestico e de
repente tem que enfrentar a perda de uma pessoa com a qual planejava
compartilhar a vida e continuar a viver.
No meio de seu caminho de
enfrentamento da perda Aaron começa a ver a esposa dele em alguns lugares e é
nesse momento que nós nos encontramos com ele. Posteriormente a isso o livro
segue e nós nos sentimos como um psicanalista escutando Aaron nos contar em tom
de segredo e suplica por quais caminhos afetivos andou até começar a ver sua
esposa morta ao seu lado.
Ele nos conta da sua infância, de
como adquiriu depois de uma doença infantil uma pequena deficiência física, de
como a mãe e a irmã dele sempre o mimaram e de como ele sempre detestou esse
jeito superprotetor delas, apesar de todo o amor que sentia pelas duas. De como
conheceu Dorothy, uma médica de jeito voluntarioso e independente com pele de
oliva, cabelos negros e o habito de andar de jaleco com uma bolsa tipo carteiro
pendurada de lado. E como em um certo dia de repente a árvore que ficava do
lado de sua casa cai e ele se ver viúvo aos 35 anos tendo que recomeçar.
Toda a história de Aaron é muito
simples e real, quem de nós não conhece alguém que perdeu um marido, esposa,
filho ou filha, mãe ou pai assim de repente e teve que enfrentar o Adeus... E
no processo de enfrentar o adeus não teve que rever toda a trajetória de vida e
reavaliar prioridades, metas e formas de viver?
Se brincar, você que me ler agora
pode ser um Aaron tentando se recuperar de uma perda, não é difícil encontrar
ou ser Aaron, porque todos temos que um dia enfrentar perdas, parece mentira,
mas todos, cedo ou tarde, vamos enfrentar a difícil tarefa de dizer adeus a
alguém que ocupa um lugar central em nossas vidas. #QueMedo
Enfim, em termos de leitura, é
fácil ler Tyler, o texto dela flui como a brisa de fim de tarde que sopra em
Recife nessa tarde de domingo... Não é difícil ler e compreender seu texto, ela
tem aquela simplicidade de escrita que só os bons contadores de história tem,
aquela falta de necessidade de palavras complicadas ou caminhos tortuosos na
construção do pensamento.
Tortuoso é somente encarar algumas
questões a respeito das quais ela me fez pensar enquanto lia seu texto...
adorei a resenha! estou morrendo de vontade de ler este livro ;~~
ResponderExcluirparece ser lindo demais *-*
Mais uma dica assinalada.
ResponderExcluirbeijo
Já estava na minha lista ler Anne Tyler e já comecei a ler 'O Começo do Adeus". Já pequisei as obras dessa autora e vejo que é mais um autor que vai para a lista dos meus favoritos.
ResponderExcluirA perdas são inevitáveis em nossas vidas e com o amadurecimento vamos aprendendo qual o significado. Quando a inevitável dor da perda chega ficamos tristes, mas aos poucos conseguimos enxergar que mesmo tristes e tendo perdido um ente tão querido, o importante é que fomos capazes de amar.
Esta resenha me fez refletir em muitas coisas e ainda mais depois do que você escreveu com relação as perdas x medo.
"Se brincar, você que me ler agora pode ser um Aaron tentando se recuperar de uma perda, não é difícil encontrar ou ser Aaron, porque todos temos que um dia enfrentar perdas, parece mentira, mas todos, cedo ou tarde, vamos enfrentar a difícil tarefa de dizer adeus a alguém que ocupa um lugar central em nossas vidas. #QueMedo"
#Excelente resenha
Beijos
Boa resenha o livro da Anne Tyler convida o leitor a embarcar num mundo de grandes emoções,acompanhar a história de Aaron parece ser emocionante e triste ao mesmo tempo.
ResponderExcluirA história desse livro me lembra alguns filme que já assisti, de pessoas que não conseguem se livrar da depressão por perder alguém querido, e que sofre muito com essa perda. Mas a vida ensina que o tempo e a disposição da pessoa afetada pode ajudar a melhorar e com o passar do tempo poderá ter uma vida totalmente normal novamente, dando lugar a novos amores e uma segunda chance para si.
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