Resenha do livro " O Testamento do Juízo Final Jamie Saintclair - Livro 01 - James Douglas

Sinopse:
Um cientista nazista há muito desaparecido. Um misterioso artefato tibetano de imenso poder. Uma corrida desesperada contra o tempo. Jamie Saintclair, um especialista em recuperação de obras de arte, achava que conhecia o avô; mas, quando se depara com o diário perdido do ancião, fica surpreso ao descobrir que o amável clérigo anglicano era um herói condecorado do Serviço Aéreo Especial, na Segunda Guerra Mundial. E o avô ainda lhe reserva outra surpresa: um mapa escondido dentro da contracapa do diário, com um estranho simbolismo nazista. Essa simples descoberta irá lançá-lo numa vertiginosa caçada ao tesouro por toda a Europa e num mergulho no passado sombrio da Alemanha. Existem pessoas que matariam para encontrar o artefato perdido, e embora não saiba disso, Saintclair detém a chave para seu esconderijo.




Editora: Jangada
ISBN: 9788564850491
Tamanho 16 x 23
Edição 1 / Ano: 2013
Páginas: 408



Só pela sinopse você já fica curioso, dá aquela sensação de que a história vai ser boa, principalmente com tantos elementos: arqueologia, ocultismo, guerra, espionagem, história, entre outros. E no decorrer da leitura, você não se decepciona.  James Douglas, pseudônimo do romancista histórico Douglas Jackson, autor de Caligula (2008), inédito em português; nos presenteia com um romance ficcional espetacular com uma trama bem arquitetada, com uma base histórica muito rica. A qual gostaria de fazer apenas um pequeno adendo para complementar o assunto abordado, antes de analisar a obra propriamente dita.

Em 1871, é publicado o livro Vril: The Power of the Coming Race de autoria do escritor e ocultista inglês Edward Bulwer-Lytton, este livro relata a sociedade Vril-ya, uma raça de super-humanos que em um passado distante foi obrigada a se refugiar sob a superfície, onde formavam uma sociedade avançada com complexo de superioridade, cujo objetivo era suplantar “as raças inferiores”, formada por pessoas de “olhos azuis e cabelos de um profundo castanho dourado”, com a “pele de tom mais morno ou intenso que os povos do norte da Europa”. O lema social era: “não há felicidade sem ordem, não há ordem sem autoridade, não há autoridade sem unidade”. Lendo esta descrição, não a lembra uma ideologia conhecida? E para completar, apesar de viverem sob a superfície, viviam à luz de um sol interior. Deste sol eles extraíam um líquido poderoso chamado vril, que se assemelhava a algum tipo de energia atômica. Este último elemento importante na trama de Douglas. Vril causou forte impacto sobre o ocultismo no século XIX, e mesmo sendo uma obra de ficção influenciou vários ocultistas famosos como Madame Blavatsky e Aleister Crowley, por exemplo. 

No final do século XIX, Bulwer foi muito popular na Alemanha, e alguns estudiosos, identificam uma influência na formação na Sociedade Thule, que buscavam esta energia vril que forneceria capacidades sobre humanas para aqueles que conseguissem utilizá-la. Baseado nestes princípios, os nazistas criaram a Sociedade Vril que contava com membros como Adolf Hitler, Alfred Rosenberg, Heinrich Himmler e Hermann Göering.

Depois deste pequeno interlúdio, vamos falar sobre o livro que se inicia com o achado de um artefato misterioso no Tibete, em 1937, pelo cientista nazista Walter Brohm. Setenta e um anos depois, o recuperador de artes Jamie Saintclair, após a morte de seu avô, encontra o diário deste, e começa um busca para desvendar uma série de mistérios: quem era o capitão inglês Matthew Sinclair e qual sua relação com o cientista nazista Walter Brohm? Onde a arte perdida de Rafael se encaixa nesta situação? E o que foi descoberto nesta missão de 1937, que pode afetar toda a humanidade, que faz com que várias pessoas, inclusive agentes governamentais de diversos países fiquem atrás de Jamie?

Jamie e a americana Sarah Grant partem em uma busca pela Inglaterra, Alemanha, até pelo Tibete para desvendar este mistério, enquanto são alvo de perseguições e tentativas de assassinatos, por grupos que querem obter a “Pedra do Sol”.

Douglas desenvolve a trama de forma dinâmica, repleta de ação e suspense, que prende o leitor do início ao fim. O final então, é espetacular e dá aquela sensação de justiça e realização. A pesquisa histórica feita por James Douglas é riquíssima. A obra agrada a todos os tipos de leitores, mesmo aqueles que não são fãs de romances históricos.





Marcelo Daltro – Pai e marido apaixonado pelo filhote e esposa, ilustrador, chargista, Bacharel em História (especializado em mito, imaginário e história em quadrinhos), fanático por cultura pop: quadrinhos, filmes, livros, desenhos animados, séries e RPG.
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5 comentários

  1. Marcelo!
    Nossa! Fiquei daqui 'babando' para poder ler esse livro.
    Misturar bons assuntos, como: arqueologia, ocultismo, guerra, espionagem, história e ainda a sociedade Vril-ya com seus super humanos...uauuuuuuu!!
    A resenha ficou maravilhosa, parabéns!
    Que a semana seja carregadinha de luz e paz!!
    cheirinhos
    Rudy
    Blog Alegria de Viver e Amar o que é Bom!
    "E que a minha loucura seja perdoada. Porque metade de mim é amor e a outra metade também.(Oswaldo Montenegro)".

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  2. Oi Marcelo, sua resenha ficou ótima, e eu quase me interessei pela história hahaha
    não sou muito de me interessar por este tipo de história com guerras e demais assuntos que há ai...
    mas mesmo assim sua resenha ficou excelente... e fará muitos se interessarem :D

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  3. Oi Marcelo. Adorei sua resenha, só pela sinopse já dá vontade de ler o livro. Me lembrou um pouco as histórias de Robert Langdon. Adoro histórias sobre essas sociedades secretas e que falem da época do Nazismo.

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  4. É um livro bem diferente dos q eu costumo ler, mas m deixou muito curiosa!!! Gostei da resenha e s tiver a chance vou ler.

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  5. A trama parece ótima, acredito que um livro para amar a leitura e ler sem parar!

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