Resenha " Mão de Ferro " Livro 2 da série Coração de Pedra de Charlie Fletcher



A Saleta de Leitura  convidou a Samantha Culceag do blog Só Pra Menores  para ler e resenhar o livro  Coração de Pedra que vocês podem ler aqui. Ela é resenhista do Arquivo Passional -  blog de sua mãe - e hoje está aqui de volta com a resenha do livro 2 -  Mão de Ferro - da série Coração de Pedra.  Vamos então saber o que ela tem a nos dizer sobre este livro.   


Numa Londres de pesadelo, estátuas de gárgulas e outros monstros ganham vida e perseguem um casal de crianças em ações frenéticas sucessivas Edie e George, tendo como companheiro o Artilheiro, deparam-se com novas ameaças, como o Touro Matador e as armadilhas perversas do Caminhante. Seus poderes terão que ser usados de modo mais consciente e suas personalidades terão que amadurecer. Conseguirão os dois sobreviver a tantos desafios e provas?


Edição: 1
Editora: Geração
ISBN: 9788581300566
Ano: 2014
Páginas: 384

Skoob

Livro cedido pela nossa parceira  Geração Editorial 


“Mão de Ferro” é o segundo volume da trilogia “Coração de Pedra”, do autor Charlie Fletcher. A trama se passa numa Londres onde estátuas andam, falam, travam batalhas entre si e são divididas entre cuspidos (estátuas de homens) e estigmas (estátuas de monstros). Este livro começa exatamente no ponto onde o primeiro volume parou, os protagonistas não tem descanso da aventura!

Agora, o novo objetivo de Edie e George é resgatar o Artilheiro, um cuspido amigo deles que foi sequestrado pelo Caminhante. Os garotos precisam achar o Artilheiro antes da virada do dia, pois nesta hora todas as estátuas que não estão em seus pedestais, perdem a “vida”.

George também está com outros problemas, graças a uma escolha que fez no final do livro anterior, os estigmas continuam a persegui-lo e, como se isso já não bastasse, sua mão está se transformando rapidamente em algo deformado com três veias de materiais diferentes: uma de metal, uma de mármore e outra de calcário, a cada minuto essas veias chegam mais perto de seu coração e consequentemente, mais perto de matá-lo. Para impedir isso, George precisa enfrentar três duelos que não serão nada fáceis.

Esse livro é bem mais dinâmico que o primeiro e a narrativa também evoluiu bastante, os personagens acabaram se separando e suas aventuras foram contadas paralelamente. Nas partes com mais adrenalina e problemas, o autor cortou as cenas, pulando de um personagem para o outro, me deixando super curiosa e presa à leitura.

As descrições de Londres estão ainda melhores, assim como os capítulos sob o ponto de vista dos vilões (adoro), falando nisso novas estátuas apareceram para complementar a trama e os problemas de George.

“(…) veja a Torre de Londres. Antiga, certo? Na verdade, não. Antes dela, havia uma igreja cristã; e antes disso um templo romano; e antes disso, o santuário de um deus celta; e antes disso, o santuário de um deus com chifres (…). Todos os passados continuam lá, em camadas.”

Nesse segundo livro temos algumas viagens no tempo e as partes que mexeram com esse tema foram as melhores, os personagens visitam o passado por meio de um espelho de pedra, adorei a ideia do autor e a forma como ele a executou. Além disso, a Edie tem o dom da psicometria, e consegue ver o que aconteceu no passado em torno de um objeto ao tocar nele.

A cada capítulo que passa a história fica mais detalhada e as coisas se encaixam, detalhes que pareceram insignificantes em “Coração de Pedra” fizeram toda a diferença nesse livro. Edie e George também exploraram melhor seus poderes e amadureceram internamente.

“(...) um simples reflexo no espelho nunca significa você no presente, porque demora um microssegundo para que a luz que carrega sua imagem chegue até o espelho e volte para seus olhos.  Um rosto no espelho é sempre um rosto no passado, preso nessa fração minúscula de tempo. É por isso que nunca vemos a nós mesmos como somos, apenas como éramos...”

Continuo gostando bastante da Edie e admirando sua coragem sem limites, mas dessa vez ela não foi minha personagem preferida, e sim o Artilheiro, que ganhou muitos capítulos e passou por maus bocados, conheci bastante de sua vida, a figura que ele representa e torci muito por ele!

“Mão de Ferro” é um livro que leva nota máxima, a evolução do autor na sua escrita é bem visível e todos os detalhes são importantes para a história, aposto que muitas outras coisas ainda vão se ligar até o fim da trilogia. As últimas páginas foram tensas e me deixaram com o coração na boca, o final foi mega misterioso e mal posso esperar para por as mãos no próximo livro!


Beijos de Ferro... Samantha Culceag.





Convidada Especial


Samantha Culceag tem 14 anos e é apaixonada por livros e filmes de aventura e fantasia medieval. Ela sonha em escrever sua própria história algum dia, assim como rodar esse mundo e tantos outros que pretende conhecer por meio da literatura! Samantha ama bolo de todos os sabores e tem uma quedinha por gatos. * Só pra Menores - Skoob - Facebook *

3 comentários

  1. Eu adoro infanto-juvenis, esse parece ser um dos bons; pena ser uma trilogia, ano evitando livros que não sejam únicos.

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  2. Oi Samantha, tudo bem?
    O livro parece ser bem interessante e dinâmico.
    Muito bom quando uma leitura nos prende assim.
    Ótima resenha.
    Bjus
    Lia Christo
    www.docesletras.com.br

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  3. Sam!
    Nossa! Gosto demais dos livros desse estilo e saber que tem viagem no tempo, chama ainda mais minha atenção.
    Estátuas que andam, deve ser no mínimo intrigante.
    “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.”(Vinicius de Moraes)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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