A GÊNESE AFRICANA: CONTOS, MITOS E LENDAS
DA ÁFRICA
Sinopse
Quando a pesquisa da pintura rupestre das expedições de Frobenius
levaram-no a símbolos e desenhos que indicavam uma transfusão de
culturas e crenças religiosas entre as civilizações africana e egípcia e
entre outras raças, passou a ser-lhe necessário compreender a mitologia
que estava por trás dessas pinturas. Na África, em muitos casos isso
exigia a coleta de contos folclóricos e mitos nativos, e a correlação
dessas histórias e superstições com as pinturas. Esse corpo de folclore,
autêntico e cheio de imaginação, é a substância do presente volume.
“Nós, os europeus modernos, concentrados no jornal e no que acontece de
um dia para o outro, perdemos a capacidade de pensar grande. Precisamos
de uma mudança no Lebensgefürhl (sentido da vida). Tenho esperanças de
que a enorme perspectiva de avanço humano que foi aberta para nós por
essas pinturas rupestres e pela pesquisa moderna da Pré-História
contribuam em alguma medida, mesmo que muito pequena, para o seu
desenvolvimento.”
FROBENIUS
Tenho Leo Frobenius, que recolheu as histórias que constam deste livro e
muitíssimo outras, como um dos mais fascinantes personagens do início
do século XX. Ao mesmo tempo explorador corajoso e obstinado, homem de
gabinete, professor erudito e sonhador sem limites, foi, durante muito
tempo, considerado um dos maiores especialistas em arte pré-histórica,
e, até hoje, é difícil falar-se em África sem mencionar o seu nome.
ALBERTO DA COSTA E SILVA
Livro: A GÊNESE AFRICANA
Contos, Mitos e Lendas da África
Autor: Leo Frobenius e Douglas C. Fox
Editora: Martin Claret
Ano de edição: 2010
Páginas: 244
Sabe
aquele livro que você fica paquerando um tempão na estante da livraria, pega,
da uma folheada, ler a introdução, confere os trocados, pensa na fatura do
cartão e ver que hoje não da para trazer?
Pois
é, “A gênese africana” é um desses
livros na minha vida. Por isso quando tive a oportunidade de escolher ele para
ler, vibrei e aguardei sua chegada ansiosamente. Infelizmente a leitura não
pode ser feita tão rapidamente quanto eu desejei, mas de forma alguma foi uma
leitura ruim.
O
livro na verdade é uma coletânea de contos de várias regiões diferentes da
África coletadas por Leo Frobenius, um alemão apaixonado pela África que viveu
suas aventuras durante o inicio do século XX. Mas, a riqueza desse livro não
está apenas nos contos em si, esse é um livro cuja introdução e prefacio
merecem uma atenção especial, pois a leitura pode nos revelar chaves para melhor
compreender as histórias maravilhosas que vão se desenrolar diante de nossos
olhos.
Como disse Alberto da Costa e Silva na introdução do livro,
Frobenius: “Não estava isento dos
preconceitos de seu tempo, que faziam da África o continente da barbárie, mas a
observou e ouviu com mais do que interesse e simpatia: com afeto.”
A maior parte dos brasileiros, entre os quais eu me incluo,
tem correndo em suas veias litros e litros de sangue africano, a maior parte de
nós é afro-brasileiro e se não carrega a cor, carrega outros traços que remetem
a África. Isso tanto é fato, que hoje, existe uma lei nacional que obriga o
ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena em todas as escolas
brasileiras. Nesse contexto conhecer um pouco das histórias africanas é como
conhecer um pouco mais de nossa própria história.
Desvendar os caminhos da África é desvendar nossos próprios
caminhos. Valorizar o que vem de lá é nos valorizar, amar a África é amar o que
somos. Quando mergulho nas narrativas das savanas e das estepes sinto que
talvez elas tenham mais haver comigo do que as histórias de Grimm e Perrault.
Nada contra Cinderela, Bela Adormecida e Branca de Neve, mas
eu já cansei de ser constantemente informada a respeito dos meus avôs e avós
que cruzaram o Atlântico a partir da Europa. Hoje eu quero conhecer mais e mais
sobre o outro lado da minha família, aqueles lado que cruzou o Atlântico a
partir da África ou mesmo os que já estavam aqui quando esse povo chegou ou foi
trazido a força a essa terra.
Amei “A gênese africana” por me fazer
ouvir esses ecos do passado que não volta mais. E espero que venham mais e mais
livros contando notícias da África ou da América pré-colombiana, eu e muitos
outros estaremos aqui prontos para ouvir e aprender essas novas velhas
histórias. E se você tiver a oportunidade de ouvir essas histórias, eu
aconselho: “Não desperdice, ouça com atenção, se possível, faça como Frobenius e
tenha também simpatia, vá além do que ele fez e livre-se do preconceito e se
prepare, porque você pode gostar muito do que vai ouvir e até se identificar
com algo!”
Ah! Antes que eu me esqueça, é bom dizer que o livro é
ricamente ilustrado com várias pinturas rupestres, reproduções do que foi
encontrado pela equipe de Frobenius na África feitas por Kate Marr. Nele também
encontramos retratos de homens e mulheres, estes foram produzidos durante as
expedições de Frobenius à África, ou seja, no inicio do século XX.
Avaliado com 4 livrinhos
Não conhecia o livro mas parece interessante, além de conhecer mais da história africana esse tipo de livro ainda pode acrescentar muito mais ao proporcionar uma viagem por diversos aspectos da cultura afro. Adorei saber que se trata de um livro ilustrado.
ResponderExcluirPois é Cris, foi justamente por isso que li o livro, para aprender alguns aspectos das culturas africanas, elas são tão diversas que sempre há algo novo a conhecer!!!
ExcluirTambém não conhecia, e é mais uma coletânea de contos da Martin Claret que entra pra minha lista. Acho que nunca li uma lenda africana, ou um conto, pode ser uma boa oportunidade de crescer culturalmente conhecendo o continente-mãe, e fugir dos preconceitos, pois as casas grandes já se foram há um bom tempo, então porque fazer do mundo todo uma aparente senzala?
ResponderExcluirAdorei a resenha ;) Dois abraços.
Obrigada Luciano, espero mesmo que qualquer dia desses você se pegue lendo literatura africana, é maravilhoso, eu sou apaixonada.
ExcluirPandora
ResponderExcluirAdorei ler sua resenha e mais ainda com esse tema sobre a Africa. Uma coletânea de contos que mostra lendas e uma cultura por muitos desconhecida. Ainda existe um grande preconceito e o pior que se esquecem de suas próprias raízes.
O meu interesse por conhecer mais sobre a Africa cresceu depois que meu filho que está lá (Africa do Sul) está fascinado. Ele disse: "Mãe a Africa não é nada daquilo que imaginamos... ela é fantástica. Estou ansiosa para saber todos os detalhes.
Parabéns Pandora por ler e resenha uma obra tão fantática.
Beijos
Ah Irene que invejinha branca do seu filho!!! A África realmente é muito diferente do que nos dizem por ai, eu descobri isso lendo literatura africana de língua portuguesa!!!
ExcluirPandora!!! que resenha perfeita!!! muito interessante você trazer para os leitores da Saleta um pouquinho sobre a África, um continente bastante esquecido por todos nós... Como você disse, cada brasileiro tem correndo nas veias sangue africano e é muito bacana ver pessoas estudando e buscando conhecimento sobre suas origens afro...
ResponderExcluirBeijoss
Vivian
Pois é Vivian, e que bom que aqui na Saleta nós temos liberdade para falar sobre as nossas paixões livremente inclusive as que estudamos!!!
ExcluirInteressante saber um pouco sobre a cultura africana, pois nosso país tem em si parte predominante vinda da África. Faz parte também das nossas origens.
ResponderExcluirÉ isso Genilda!!! Concordo com você!!!
ExcluirGostaria muito de ler esse livro,muito interessante conhecer um pouco das nossas origens,sim sempre me considerei uma afro-brasileira por causa do meu sobrenome, apesar de ser morena clara...
ResponderExcluirEu só sou morena no registro de nascimento Adriana, meu pai jurava que eu ficaria nega rsrs... Enfim, essa coisa de buscar conhecer a África é mais uma questão de identidade do que de cor!!!
ExcluirEu gosto de tudo que é relacionado à África, pelo que li, esse livro parece ser maravilhoso...quero muito ganhar!!!
ResponderExcluirSomos duas Si, também gosto da África te desejo sorte!!!
ExcluirFiquei super empolgada ao saber a existência desse livro. Conhecer sobre a cultura africana, sem aqueles benditos esteriótipos é difícil ainda mais encontrar fontes sobre isso. E minha ligação com a áfrica é bem especial, sinto como se fosse a berço da minha família.
ResponderExcluirAlessandra, como disse o Alberto da Costa, não é que o Leo não tenha os preconceitos de seu tempo, mas o mérito dele é ter documentado esses contos, essas histórias fantásticas que nós somos tão carentes de conhecer mais e melhor!!!
ExcluirEstou doida para ler esse livro!! Muito ansiosa :D Adoro conhecer outras culturas
ResponderExcluirEntão Andressa vc vai gostar desse livro, embora as vezes seja muito denso, é um mergulho em outra cultura!!!
Excluirparece muito bom o livro!! gostei bastante... adoro contos e mitos de todas as culturas, mas tradições africanas são um pouco difícei de se encontrar. amaria ler este livro.
ResponderExcluirÉ verdade Débora no Brasil eles são mesmo difíceis de serem encontrados, mas espero que isso mude nos próximos anos!!!
ExcluirParece muito interessante e muito benfeito. Fazia tempo que eu não dava atenção a um livro desses, já que, por algum motivo, ando lendo um montão de livros "mais ou menos".
ResponderExcluirTenho sempre a impressão de que quando voltamos nossas atenções a antigos modos, a tradições, a culturas, a origens, nos sentimos um pouco menos perdidos nesse mundo. Como vou explicar? É como massinha de modelar. Se você monta qualquer coisa com as diferentes cores, uma ao lado da outra, terá um belo resultado, colorido, vivo, rico. Mas se você amassar todas as cores juntas ela vai se tornar uma cor só, quase um cinza, bem sem graça. O mundo de hoje é isso. Tudo amassado e transformado numa cor sem graça. Então, acho que nos sentimos mais vivos quando temos oportunidade de apreciar um pedaço dele com sua cor original. .. Ou o mais próximo disso possível, já que parte do tesouro da África foi roubado por quem não reconhece valores.
Enfim, curti bastante teu blog, guria. Beijitos!
Stephanie o que dizer? Você conseguiu traduzir em palavras muito do que eu penso!!!
ExcluirAdoro os livros da Martin Claret! Ainda não tinha visto nada a respeito deste, é a primeira resenha que leio a respeito e devo dizer que está muito bem escrita, só me deixou com mais vontade de tê-lo aqui comigo pra poder devorar cada uma de suas páginas!
ResponderExcluirA temática é super interessante ;)
Beijos, boa semana =*
@morenalilica
Também não vi muitas resenhas sobre esse livro Lilian, mas ele é mesmo interessante, as vezes um pouco denso também, mas a leitura vale super a pena!!!
ExcluirNão conhecia o livro mas parece interessante, além de conhecer mais da história africana esse tipo de livro ainda pode acrescentar muito mais ao proporcionar uma viagem por diversos aspectos da cultura afro. Adorei saber que se trata de um livro ilustrado.
ResponderExcluirÉ um detalhe delicioso mesmo as ilustrações Andréia, pinturas rupestres e vários perfis de homens e mulheres de tribos africanas!!! Lindo!!!
ExcluirÉ um livro que eu gostaria de ler. Por apresentar uma cultura diferente, mas tão próxima dos brasileiros, como a africana. E por ser vista pelo olhar de um estrangeiro, o que confere uma outra impressão sobre a cultura africana, a visão de um europeu.
ResponderExcluirManu, realmente é a visão do Frobenius, que não é isenta de preconceitos, mas tem aquele fascínio pelo diferente tão natural do ser humano.
ExcluirNão conhecia esse livro, mas achei super interessante. Gosto bastante de livros que abordem outras culturas. Quero muito ter a possibilidade de lê-lo um dia.
ResponderExcluir@_Dom_Dom
E se vc tiver Nardonio a oportunidade espero que goste!!!
ExcluirÉ muito difícil encontrar um livro que fale assim sobre a Africa. Concordo plenamente que "Desvendar os caminhos da África é desvendar nossos próprios caminhos". Gostei da capa do livro.
ResponderExcluirEu também achei a capa legal Luciane!!!
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