Esta é a nossa convidada Aleska do blog Diários de Bordo. Como ela mesmo diz : "Sou uma espectadora silenciosa
postada numa janela,
uma menina curiosa
que observa e espera.
Uns dizem que vejo a vida passar
que eu devia mais é aproveitar,
ser mais como os outros
e relaxar...." Querem saber mais sobre ela clique aqui .
Hoje ela vai contar para nós um pouquinho sobre a sua paixão sobre Mitologia, mas essa será a primeira de muitas que virão por aí.
Minha paixão por Mitologia.
Meu primeiro contato com a Mitologia grega foi aos 4 ou 5 anos quando passava na extinta rede Manchete o anime Cavaleiros do Zodíaco. Naquela época meu maior sonho (junto com ter um irmãozinho mais novo) era virar a deusa Atena. Cheguei a rezar por isso. Sinto pena da comissão celeste responsável pelo atendimento das preces. Já fiz muita oração louca. Voltando a vaca fria, depois desse anime, a Grécia era o local que sempre desejaria visitar.
O fim do anime me decepcionou. A
emissora faliu, mas enquanto deu pra enrolar ela só sabia passar aquelas
propagandas chatas do polishop ou aqueles animes que eu odiava na
época: Shurato, Yu Yu Hakushô, super campeões e muitos outros.
Hoje em dia não entendo porque eu gostava de cavaleiros e detestava YUYU, (YuYu Hakushô forever in my heart!), mas enfim,com o tempo esqueci desse anime, mas a paixão pela Grécia continuou. O jornal O Globo de vez em quando lançava uma série de fitas VHS de desenhos que meus pais costumavam comprar pra mim e pro meu irmão, e uma dessas vezes veio um desenho do Odisseus. Nem precisa falar que eu adorei né? No canal SBT também passava os seriados da Xena e do Hércules, e de vez em quando também passava filmes sobre o mito de Jasão e Odisseus, que eu sempre tentava não perder.
Aos 15, recebi um livro de História Geral de um amigo da minha mãe. O livro ficou emprestado aqui em casa por 1 ano e eu só consegui ler o capítulo sobre a Grécia. Já tinha dado na escola essa matéria, mas só conhecia conceitos básicos como a democracia e cidade-Estado. O livro me ensinou que os gregos amavam a moderação e não viviam para a produção em grande escala, como acontece hoje em dia. Os ricos tinham a obrigação de contribuir com seus emolumentos para a manutenção da cidade.
Parecia um verdadeiro paraíso para mim, ao menos até entrar na faculdade e descobrir que a democracia não era assim tão justa, que os ricos realmente eram mal vistos se esbanjassem seu dinheiro, mas isso não queria dizer que não o faziam. Descobri também que as mulheres tinham uma péssima condição de vida, e eram vistas como um mal necessário na vida dos homens. Sem falar que ao ler as obras de Homero, vi que os pobres eram vistos como a personificação dos vícios, e só os ricos podiam ser heróis, pessoas bonitas e de grande virtude e honra.
No fim descobri que os gregos/acaios/helenos (na faculdade também descobri que gregos era um nome genérico que os romanos davam para povos de várias cidades que cultuavam mesmos deuses) eram misógenos, machistas, injustos e pouco democráticos (já que a democracia era só na cidade de Atenas). No fim, a única coisa que gosto ainda são os mitos que eles criaram. Dentre eles, o que mais gosto, é sem sombra de dúvida Eros e Psiquê.
Parecia um verdadeiro paraíso para mim, ao menos até entrar na faculdade e descobrir que a democracia não era assim tão justa, que os ricos realmente eram mal vistos se esbanjassem seu dinheiro, mas isso não queria dizer que não o faziam. Descobri também que as mulheres tinham uma péssima condição de vida, e eram vistas como um mal necessário na vida dos homens. Sem falar que ao ler as obras de Homero, vi que os pobres eram vistos como a personificação dos vícios, e só os ricos podiam ser heróis, pessoas bonitas e de grande virtude e honra.
No fim descobri que os gregos/acaios/helenos (na faculdade também descobri que gregos era um nome genérico que os romanos davam para povos de várias cidades que cultuavam mesmos deuses) eram misógenos, machistas, injustos e pouco democráticos (já que a democracia era só na cidade de Atenas). No fim, a única coisa que gosto ainda são os mitos que eles criaram. Dentre eles, o que mais gosto, é sem sombra de dúvida Eros e Psiquê.
Essa História é sobre uma princesa que por ser muito bonita sua mãe teria superestimado sua beleza comparando-a à Afrodite. A deusa enfurecida ordenou que Psiquê se casasse com um monstro que vivia na colina, e pediu ao seu filho Eros se encarregasse de fazer com que psique se apaixonasse pela fera. O problema é que Eros, ou cupido como conhecemos, se feriu com a própria flecha encantada e apaixonou-se por Psiquê. Isso com certeza contribuiu para que o futuro de Psiquê fosse melhor. Eros a levou para o próprio castelo numa colina e só aparecia para ela de noite com as velas apagadas. De dia tudo o que ela queria lhe era servido por escravos invisíveis. Tudo ía bem dessa forma, até que as irmãs de Psiquê, morrendo de inveja lhe aconselharam a ver o rosto do esposo, porque ela podia correr algum risco de vida se ele fosse um monstro.
Psiquê fez exatamente o que suas irmãs tinham lhe aconselhado. Só que quando viu seu esposo se deparou com o rosto lindo de um rapaz adormecido. Ficou desconcertada e tentou apagar a vela antes que ele acordasse, só que acabou queimando-o com a cera da sua vela. Magoado com a desconfiança da esposa, Eros foi-se embora para o olimpo, onde sua mãe o curaria. Psiquê também foi atrás de Afrodite, mas esta não queria perdoar, queria fazer Psique pagar pelas ofensas de sua mãe e a que cometeu com seu filho. Eram sempre tarefas impossiveis de serem cumpridas, mas em cada uma, a heroína recebeu ajuda e conseguiu completar as tarefas. Apenas a ultima que era ir ao Tártaro, o mundo dos mortos, buscar a beleza eterna de Perséfone (a esposa do Hades, deus do mundo inferior) é que ela fracassou. Curiosa quis saber como era a beleza de uma deusa e pegar um pouquinho para si. Só que ela caiu em sono profundo. A esse meio tempo, Eros já tinha se recuperado da queimadura e foi procurar sua esposa. Quando a viu caída ao chão pousou na terra e prendeu o presente de Perséfone de volta na caixa. Psique completou sua tarefa, e mais tarde Eros a levou ao Olimpo onde obteve permissão para dar-lhe ambrosia e torná-la imortal. Alguns dizem que foram pais de Volupia, que significava prazer. É engraçado o nome do filho deles ser logo este, porque o significado de Eros é amor e de Psiquê é alma.
O que não gosto sobre os mitos, são as adaptações fracassadas que os cineastas estão fazendo deles hoje. Eu não me importo com adaptações, tipo quando fizeram o conto da Cinderela contemporânea ou de Romeu e Julieta em "Romeu tem que morrer". O que eu não gosto é quando mudam o mito. No último Duelo de Titãs, assumiram tanto o lema :"eu faço meu destino" que o personagem principal se apaixonou pela mulher errada, que eu nem me lembrava de ter visto em qualquer outro mito. Acho que vivi demais os anos noventa para gostar desses heróis marrentinhos e pouco humanos tipo Vin Diesel. Ao menos nos meus preciosos mitos! Acho que só se salva o livro de Percy Jackson e os olimpianos, mas mesmo assim só o livro porque a adaptação pro cinema foi um lixo. Odeio americanos na adaptação de livros pro cinema! Só sabem fazer efeitos especiais. A atuação é sempre fraca.
Enfim, hoje quis postar sobre uma coisa muito importante pra mim e reclamar um pouquinho do que tem se feito com ela por aí.
http://diariosdebordo-2.blogspot.com/2012/01/minha-paixao-por-mitologia.html
http://diariosdebordo-2.blogspot.com/2012/01/minha-paixao-por-mitologia.html
Obrigado Aleska por ter aceitado o nosso convite e esperamos que volte mais vezes em nossa Saleta de Leitura com suas histórias fabulosas cheias desse amor, dessa paixão que só vem a dar mais vida aos seus personagens.
Aleska leve esse mimo como lembrança deste momento especial em nossa Saleta.
Menina adorei o mimo! Com certeza vou levá-lo pro Diarios de Bordo. Quando eu vi a coruja no topo do meu post, lembrei que Atena também usa corujas como símbolo. É por isso que essa ave tem a fama de ser sábia^_^. Quando precisar de uma resenha de livro é só me chamar Irene! Muito Obrigada pela divulgação do meu bloguito aqui hein? Beijos!
ResponderExcluirAdorei o Post... aliás, to adorando esse cantinho viu ? Também curto Mitologia e Afrodite ( ou melhor, "Poderosa Afrodite", porque a danada é mesmo poderooooosa ) é minha Deusa preferida...
ResponderExcluirAleska, vc escreve muito bem menina e nos fez relembrar um tema interessantissimo. Bjs =P
Aleska também me apaixonei por mitologia através dos Cavaleiros, de livros de história e etc...
ResponderExcluirNa biblioteca da escola tinha um livro falando de mitologia que eu devorei, o meu preferido era a lenda de Eco, eu tenho um problema com amores mal sucedidos kkkk #TristeIsso
http://elfpandora.blogspot.com/2011/01/ivanhoe-e-o-meu-tempo-sonhado.html
E sim tem aquele Os doze trabalhos de Hércules de Monteiro Lobato, é ótimo, eu também li!
Ah, minha amiga o estudo da história também detonou com meus sonhos de perfeição e idade de ouro, no meu caso era apaixonada pela Idade Média de Walter Scoot, um tempo de nobreza, honra, gloria... Pois é, imagine como ficaram meus sonhos românticos!!!
Eu fiz um post isso, deixo o link http://elfpandora.blogspot.com/2011/01/ivanhoe-e-o-meu-tempo-sonhado.html
Não sou louca por mitologia, mas eu gosto, e foi por isso que resolvi ler a série do Percy Jackson (que eu gostei), mas achei que quem fosse viciado em mitologia talvez não fosse gostar do livro. Assim como a Jaci tb fui envolvida com "Os doze trabalhos de Hércules" e o sítio do Pica-pau amarelo contribuiu bastante tb. Enfim, ótima postagem Aleska!
ResponderExcluirBjs
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirObrigada pessoal! Fiquei muito feliz pelo estímulo que vcs me deram^_^ beijos!
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